Minha fome não é maior
que minha preguiça
Assim como meu cansaço não é maior que minha alegria
Viva a luta secundarista!
terça-feira, 24 de novembro de 2015
sábado, 21 de novembro de 2015
Inconfortável
Inocência
Desprotege
Não vê, não percebe
Descobre-se estranho
Pelo outro
E doí
Ver em outros olhos
Sua caricatura
Quem entenderia
Tamanha loucura
Acreditar ser
O que realmente se quer ser
Não lhe o que está (im)posto
Pois, se desperta desgosto
Melhor
Pois sigo do lado oposto
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
Ainda
Eu trânsito entre os meses
Você é só novembro
Atraio solidão
Não dessas de me sentir só
Mas de sentir sozinha
Seu toque por engano
Coração sai pela boca
Até quando?
Transfobia
Risadas sem graça
Incômodo próprio
Imagina ou entende?
Riem dele
Porque riram de mim
Disseram algo,
Mais ou menos assim
Onde já se viu
Rapaz tão bonito
Com aquele traveco ali?
Se ouviu
Não sei, também não importa
A coragem que lhe faltou
Eu não tive escolha
Sempre por conta
Sei
Ha que resistir
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
Vai embora de vez
Vai, leva embora
Escreve outra linha
Alivia
Tira de mim
Transforma em poesia
Rima
Desafinando
A minha sina
Deitada
Ao lado
Tão longe e tão distante
Sigo relutante
Quero ceder
Mas não há mais como voltar
Paralisada
Ao lado
Tão grande e tão pequeno
Sigo ou desisto
Vejo a cena em tempo real
Mas é como se fosse recordação
Completamente independentes
Não posso tocar a mão
Aceito
Choro sem som
Dormir e guardar o amargo
Sentir pela manhã
Ao menos
Já será passado
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
Colorir
Faltará tinta
No dia que o céu for livre
Pra todos serem o que são
Cobertos pelo sol, sem nenhum tipo de opressão
Faltará nomes
Pra descrever o mundo sem as misérias
O que sentimos, o que nos tornamos
O novo ser sem medo de viver
Faltará a falta que nos entristece
Que hoje enche o peito de vazio e fumaça
Não faltará amor, não faltará sonhos
O novo mundo se abrirá para o futuro
Onde o presente dominará o passado
E nossos corações enfim serão salvos
terça-feira, 10 de novembro de 2015
Sonho meio cheio ou meio vazio
Meus sonhos doem
Mas só quando acordo
Suponho eu porque
Você não existe como te fiz
Como pode um sonho machucar?
Em fração de segundo, do desejo
Transformar em desprezo e solidão
Destrói assim mais um pouco meu coração
Teus olhos congelavam me,
beijo em meu pescoço e sorrisos
todo o controle sobre mim,
pernas tremiam e
Meu coração bateu como se fosse verdade
Incansável, como se já soubesse que pararia logo depois
para deixar de sentir tamanha dor
De não ter nem espaço mais para a voz
Porque então acordar?
Pra dar vazão ao vazio que sou
Fantasia infantil
Todo o dia repito e vou me convencer
Pra poder seguir vivendo, sem me esconder
Você vai ter de desaparecer
Um dia
Vou ter coragem para me despedir
Dizer não pra mim
E talvez assim, acordar já sem sua presença ausente
Sem me repetir que já chega
Enquanto anseio te reencontrar
Desespero
Não passou
Desprezo da realidade
Fantasia do sonho
Combinam
Para me deixar
Assim
Vazia
domingo, 8 de novembro de 2015
Enfim
Agora é só poesia
Já não carrega mais simpatia
Cada dia mais,
Menos sentido faz
Permanecer é...
Seria o mesmo que dizer
Siga os velhos conselhos
Nos novos tempos
Auto-piedade nunca foi revolucionária
Esconde de nós a responsabilidade
De cabeça em pé, como sempre foi
Os pés tocam o chão, reforçando que não
Que venham, então
Novas batalhas
Aprendo a ser derrotada
Sem permitir que o peso
Nos enterre por completa
Nada como um dia sem se repetir
Pra recompor as ideias
Fortalecer a certeza de existir
Ainda há tempo