sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Mistura

Misturar-se
Era tudo novo
Colorido em cada sorriso
Pouco a pouco
Fui me diluindo
Em cada gota
Um novo sentido
Meu corpo fundido
Ora queria teu abraço
Ou se sentia ferido

Você dentro de mim
Encaixava
Completava
Anesteciava o peso de ser

Você entrando em mim
Pelas mãos
Pela língua
Ou pelo pau
Parecia justificar o que tenho me tornado

Foi então assim
Misturou
Olha pro meu corpo e diz
Você que me vê por inteira
O que sou?

Haja trabalho agora
Para separar
Com quem ficam as  palavras
E com quem a poesia?
Nunca dita

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