domingo, 21 de maio de 2017
Carta ao meu amigo
Como quem assisti a si mesma de fora, nos via ali sentados, no quarto onde nunca tivemos mais que dormido juntos, com o amor que nos é reciproco. Você já não tem palavras novas há um bom tempo, as minhas se repetem, sempre com um grau maior de contradição. Que triste não poder voltar em nosso Outubro, ainda mais que agora se aproxima o primeiro Outubro sem beijos. Nos distanciamos cada vez mais do que já fomos e a reacionária utopia de preservar este momento no tempo, relembrar o abraço, confiar no beijo a noite...so me leva a uma insatisfação. Nada disso, nada hoje tem isso mais. Nem escrever...deveria mais
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