A dor é todo o dia
A fumaça entra, alivia
Mas não é capaz de resolver
Ninguém poderia
A dor de viver, do mundo
Não é capaz de ser curada
Por alguém
Me enganei
Me apaixonei
Me inventei
Fiz disso arte, poesia
Me libertei em pequeno, à dois
Aos poucos e tão rápido
Tentei ali parecer menos vazia
Mas o desprezo me encontrou
E me mostrou
Que a solidão trans
É que estive ali sempre sozinha
Se não vivemos só de política
Também é revolucionário se amar
Sem auto-piedade
Sentir-se bem, à vontade
Revolucionário é sorrir
Ser feliz num mundo feito pra te oprimir
Moça, não se esqueças
São apenas sua cabeça e pernas que te sustenta
Não precisa correr, viva!
Mas volte pra casa
Mesmo se estiver dificil de respirar
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Capitalismo não me venceu. E não vencerá.
Tive que rir do mito de imortalidade
Um bom conselho
As revoluções só são impossíveis
Até que se tornem inevitáveis
Por isso.
Sobrevivo
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