quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Beco


Não procurou ajuda
Não havia forças pra novas desilusões
Consciente da estrutura
Foi vencida depois de tantas torturas
Suicidio assassino
De um responsavel coletivo
De uma sociedade dominada
Por uma burguesia canalha
Lagrimas de Kayla
Lagrimas de quem chora
E não desabafa
Lagrimas de Kayla
São também as minhas
Incontáveis...
Mais uma companheira derrubada
Quantas Kaylas amais teremos em nossa estrada?
Diziam 35 anos, mas nada disso
Morremos por dentro muito antes
Parece um beco sem saída
Não ameniza, não tranquiliza
Há então uma única perspectiva
Transformar a dor em ódio
Virar o tangue contra nossos opressores
Se sobrevivemos a cada dia
É por Kayla e por todas nossas feridas
É por uma nova sociedade sem transfobia
É para mudar a história
E não aceitar essa vida

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