sábado, 27 de fevereiro de 2016

Transparente

Não aparece
Caminho, de forma invisível
Sempre sozinha, naturalmente
Me diluo permanentemente
Com meu coração partido
Fechado a novos amigos

Riso momentâneo
Abafa o pranto, engole o choro
Ser forte, até quando?
Evapora a esperança
Uma vida ainda que plena de sentido
Carrega a dor do passado e presente sofrido

Jogaria meu corpo fora
Descartaria o sufoco
Dane-se se despeço ou abandono
Mas ainda não me dei por vencida
Vida e morte, escolha doída
Nenhuma das duas satisfaz
Quero mais
O sonho de experimentar
O dia da alegria
A festa dos oprimidos
A revolução socialista

Chegaremos?

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