segunda-feira, 9 de julho de 2012

Breves.

9 de Julho de 2012

Tempo para amar. 
É preciso lutar por relaçoes mais profundas. O amor exige tempo. As relações exigem uma outra educação, a classe operária e os revolucionários ainda amam pouco. Ainda vivem pouco. Ainda dizem pouco. O capitalismo nos fez e nos educou assim. Nos tirou a voz e o tempo para amar e ser amado.

Sem dúvida que sem a revolução socialista, será imposivel mudar as relações. Ou extinguir a homofobia, o racismo e o machismo. Mas ela tão pouco, sozinha, irá nos emancipar. O modo de vida têm que mudar, e precisa ser impulsionado por nós, em cada luta, em cada prática militante, em cada expressão. Desde já.
Porque é disso que nos fortaleceremos, é disso que nos moralizamos, é disso que nos torna mais coerente com o mundo e o futuro que nos pertence!



Amor para muito além, amor que precisamos. 
A indiferença como parte do individualismo burguês, que pouco vê, pouco se tensiona a se preocupar, divide ainda mais a nossa classe. É pequeno burguês, mesquinho e de um tamanho desprezo, aqueles e aquelas que assumem como personalidade ou como estilo de vida, o deslexo, a falta de preocupação e consebe pra si a idéia de felicidade dentro da bolha monogamica. Não há emancipação no individualismo à dois. Também não há, no relacionamento aberto, porém não livre.

O amor ainda será muito mais do que mera relação economica. E muito além do que mera paixão destinada a posse e a repartição de vivências, conhecimento e particularidades ao companheiro a qual se tem relações sexuais.

*
Adiante.

Não confie em alguém que reduz a luta pela emancipação da humanidade, do amor-camaradagem sincero, por um novo modo de vida - comunista, por uma sexualidade mais libertária e mais satisfátoria, por uma luta "estética" e/ou "para conseguir transar".

Estes, companheiras, são - em maioria - os homens, mesmo que comunistas revolucionários, (mas infelizmente, algumas de nós também defenderam isso, por outros motivos evidentemente) que mantêm-se confortavelmente pisando sobre nossos corpos e nossa liberdade.

Não desistamos, companheiras. Nem demos a eles crédito ou voz. Porque seremos nós, e somente nós mesma, capazemos de nos emancipar.

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