dentro de um corpo proibido
meu desejo é político
impar em plurais
de falta de satisfação
coração delacerado
com ritmo incansável
de ferir-se
com fome
de aqui e agora
e a vida segue?
segue
com dor nos dentes
o frio quieto escondido
guardado no olhar
propositalmente
combinasse a um sorriso
em busca de pré-fabricar-se
combate a maquina
que me vê como lucro
todo o dia
e a vida segue?
segue
hormônios machucam,
o corpo
hormônios liberam
os olhos a ver-se
uma transformação
incompreensivel para muitos
e a vida segue?
segue
cansada,
desmoralizada,
o tempo perfura a história
paralisa a caminhada
os olhos tampam
os sonhos que não estão ao alcance da mão
e a vida segue
ora,
ela seguirá
mesmo sem mim
quando nos rebelamos
questionamos
cada uma
cada uma
das normas
das regras
da moral
que nos aprisiona
quando achamos sentido
em desfazer as pré-ideias
ensinadas nos livros capitalistas
que nos dá vida
pela primeira vez
a vida segue?
segue
bonita,
e com suas necessidades
já não sei ser sem vida
com teu ritmo imparável
enquanto corremos
novo mundo possibilitasse
por assalto,
não seguimos
avançamos
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