segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Meu quarto ainda tem

E todos os cheiros
Que já passaram
Tanto gozo dado
E tesão calado libertado
Tantos homens
Que com sua confiança
Me encantam
Eles entram dentro
De mim, mas não importa
O tamanho do pau
Não alcança o vazio

Ele que entrava
E meu corpo reconhecia
O gosto por todos os poros
Era também representação
Nunca foi real
Mas deixou em mim
Um cotidiano de cicatriz
Que vai e volta
Me colocando dentro e fora
De mim, no teu lugar
Queria você aqui
Mas pra ocupar o espaço
Deixe ocupar em mim
O teu humor de silêncio



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